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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

- Burkini -


A última moda nas praias e piscinas egípcias é o "burkini", um traje de banho muçulmano que só deixa à mostra parte do rosto, as mãos e os pés, e ainda assim é rejeitado pelos guardiões da ortodoxia islâmica.



Em uma pequena loja situada em um centro comercial do Cairo, duas mulheres organizam a mercadoria, composta por dezenas de trajes de banho "islâmicos". É por este termo que "as clientes conhecem o que na Europa se chama burkini", esclarece à Agência Efe a dona do estabelecimento.



O "burkini" é feito para as mulheres "que não podem mostrar seu corpo em público, mas que não querem deixar de tomar banho de mar ou piscina".



A versão muçulmana do maiô feminino é formada por uma peça de corpo inteiro, similar às de neoprene usadas pelos mergulhadores, sobre a qual se coloca uma túnica sem mangas e de corte solto e um capuz que cobre a cabeça e o pescoço.



O maiô islâmico é elaborado com lycra, material resistente à água ao qual é acrescentado um pouco de algodão para que seque rapidamente.



Na loja de Nevine, são oferecidos todos os tamanhos, desde o pequeno até o extra grande, e são abundantes as túnicas de listras, com flores, luas e inclusive estampa de oncinha.



há burkinis para todos os bolsos. O preço do maiô muçulmano varia entre 200 e 450 libras egípcias (cerca de US$ 35 a US$ 79).



Nas ruas do Cairo, podem ser adquiridos trajes similares importados da China, a preços mais baratos - a partir de 75 libras (US$ 13) -, mas que segundo a criadora "têm menos qualidade". (Já esperamos, vindo da China, nada contra .-.)



O "burkini" não faz sucesso apenas no Egito, mas em todo o mundo árabe, na Europa e nos EUA, impulsionado pelos emigrantes muçulmanos e "por aquelas pessoas recatadas de todos os credos", explica Ashma, diretor de uma companhia que vende maiôs muçulmanos confeccionados na Turquia pela internet.



"As vendas estão aumentando, mas o mercado ainda é pequeno, com muita concorrência", ressalta Ashma, que insiste que, além dos motivos religiosos, as mulheres o utilizam para se proteger do sol ou esconder o sobrepeso.



Seu uso, cada vez mais disseminado, não agrada os acadêmicos islâmicos porque, na sua opinião, transgride as doutrinas religiosas.



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